quarta-feira, 24 de junho de 2009

Psicologia forense? Hein?




Sempre achei piada àquele pessoal que se senta em mesas diferentes do café e que se põe a conversar entre si, de maneira que toda a gente que está no mesmo espaço ouve a dita conversa.
Estava eu a almoçar qualquer coisinha rápida na Doce Aveiro quando um casal de cinquentas e muitos/ sessentas e uma outra senhora da mesma idade conversavam acerca da criminalidade que está a aumentar e tal e que são tantos os casos de garotos que matam os pais que já nem têm a conta. Entretanto a conversa alargou-se a outros tipos de assassínios, sendo que a sua solução milagrosa era a pena de morte ou os criminosos serem fechados para sempre na prisão. Há muita gente que pensa assim e, apesar de eu não concordar, não é disso que venho falar.
Engraçado era que a senhora do casal cada vez que falava olhava para mim, como que à espera de aprovação com um acenozinho ou um sorrisinho. Eu lá erguia as sobrancelhas, comprimia os lábios e encolhia os ombros com aquele ar de “é assim a vida”, até que ela terminou brilhantemente com “e depois vem aquela malta fazer perfis psicológicos e perceber por que é que eles fizeram o que fizeram e por que é que são assim, e fazer acompanhamento, uma perda de tempo, era metê-los a todos da prisão.” Tendo em conta que é uma das coisas que provavelmente vou fazer no futuro, é bom saber que tenho o apoio da sociedade... Miss O.

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