segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Tintin, Milu e Branquinha












O meu Tintin está velhinho. Está cego de um olho e o outro para lá caminha. Então, o meu pai decidiu ir ver o que podiam fazer para evitar que isso acontecesse, se dava para ser operado, etc. O meu Tintin é um rafeirozinho que o meu tio A., que no-lo ofereceu, insiste ser caniche, mas que se revelou mais peludo, mais fofi e sem pedigree que um canichezinho normal. O meu Tintin é amarelo, tem uma manchinha branca na cabeça e devia chamar-se Camaleão. Isto porque é perito nas artes de se infiltrar dentro de casa, esconder-se debaixo da mesa da cozinha sem darmos por ela e fingir-se de morto quando o mandamos para a rua.
Pelo contrário, a Milu, mulher do Tintin, devia-se chamar Speedy Gonzalez, dada a velocidade com que entra em casa ao apanhar uma porta mal fechada. Catapum, catapum, catapum, qual cavalo, tem mais azar que o Tintin, porque damos logo por ela e lá a vamos nós buscar ao sofá da cave, enroscadinha e a dar ao rabo.
Por fim, há a Branca-de-Neve, vulgar Branquinha, que é o cu de mimo da família canídea. É filha do Tintin e da Milu. Quando o Tintin conheceu a Milu, que foi adoptada por nós depois de ter sido abandonada por alguém, foi amor à primeira vista e passado uns dias verificámos que a barriga da cadelita começou a crescer. Não tivemos tempo sequer de lhe começar a dar a pílula, porque ela veio para nossa casa ainda cachorrinha e foi ao primeiro cio. Uns tempos depois, nasceram cinco cãezinhos lindos que conseguimos distribuir por pessoas conhecidas, à excepção de uma pequena cadelita, a mais pequenina e branquinha de todos, que tinha um problema nas patitas da frente e não se deu bem na casa para onde foi incialmente. Foi ficando, ficando e ficou.
Devido a isso a pequena deve ter um pós stress traumático e sempre que lhe damos festinhas ela coça a orelha com a pata traseira.
Mas isto tudo era para falar do Tintin, que está velhinho e ceguinho e foi a uma clínica veterinária ver das cataratas. Primeiro, oftalmologista. Sim, a operação é possível, mas temos que fazer uns exames para ver se o cãozinho pode levar anestesia geral. Electrocardiograma e ecografia, o Tintin tem um sopro no coração. Mais uns exames e, como não é grave, pode ser operado.
E é assim que o meu Tintas, o glicodoce da família, desdentadinho e de olhos meigos, que tantas vezes é confundido por cadela (mas que é bem macho!!), vai ser internado em breve. Snif.

Miss O.

Sem comentários:

Enviar um comentário